Tell me.

E quando te vês obrigado a esquecer, a deixar, a abandonar? A desistir. O que fazes? As noites continuam a ser do mesmo tamanho, os dias continuam a ter o mesmo sabor? As horas passam mais rápido ou cada vez mais devagar? Consegues dormir? Consegues adormecer sem o peso na alma? Sem uma vontade enorme de pegar num x-acto e cometer qualquer acto suicida que te acabe com a dor, com o peso, com a dormência, com a vontade de chorar? Consegues dormir, sem em qualquer momento desatares a chorar, sem saber muito bem porquê? O teu coração continua intacto, solto, desprendido de qualquer sentimento, ou nem sequer o sentes? Não sentes sequer a dor, o sufoco na garganta, as pernas a tremer de tanto medo? Medo do que se aproxima, do que ainda está para vir. Não sentes medo? Não sentes a respiração mais pesada, mais forçada? Não forças o riso? Não forças a vontade de rir, puxando-a do mais fundo de ti, para que tudo pareça eventualmente um mar de rosas? Não dás a entender que és a pessoa mais feliz do mundo, para evitar as habituais perguntas que tanto te chateiam e que tu não consegues responder? Não choras todos os dias em silencio, num recanto, sem que ninguém te veja? Não há um único dia em que deixes de chorar, de te martirizar, de dizer que esqueces e no final só lembras ainda mais? Não há um único dia em que  gritas em voz alta que tudo vai passar, que o tempo é o teu amigo, e que a dor se cansará? Não há um único dia em que consigas ser optimista e dizer que estás bem, ao ponto de todo o mundo te ouvir? Vá, diz-me que não sou a única a sentir isto. Diz-me.

10 comentários:

© hurricane disse...

gostei mesmo!

Sara disse...

gosto muito, sigo *
saramorgado.blogspot.com

Rita Costa disse...

Gostei:)

Cláudia disse...

Ai, que texto tão giro *.*
Olha, sou tua fã, assério :)
Escreves lindamente, uau, não tenho palavras.
Eu quando comecei a ler cada um dos teus textos, em cada palavra, arrepiava-me, mas de emoção :D
Quando somos obrigados a desistir de algo que gostámos muito, é óbvio que os próximos dias, meses, anos, noites, dias, horas, minutos, ssegundos, não serão os mesmo, porque estámos tão apegados, afeiçoados àquela coisa que deixámos para trás :x
Não, não és a única a sentir isso, eu também o sinto, estou a passar pelo mesmo, por isso é que falo por experiência própria.
Pode demorar tempos e tempos a esquecer, seguir em frente com um sorriso aberto e sincero, mas que irá de certeza chegar esse dia e no final podemos dizer: Conseguí, finalmente saís-te de mim, já sei fazer tudo sem ti, até mesmo respirar, foste embora para sempre óh maldição".
Há que ter esperanças, assério :)
Eu posso estar assim agora, triste e desanimada, sem ânimo para nada, só me apetece estar enfiada no quarto a chorar, a pensar, a escrever..., mas sei que um dia isto irá mudAr, a minha vida vai dar uma volta de 1000kilómetros à hora :)
SEGUIR*

Rita Costa disse...

De nadaa :)) Obrigado por te teres dado ao trabalho de ler aquilo tudo (:

Joana disse...

Adoro adoro <3

Márcia Lourenço disse...

bonito blog :)

Ana Oliveira disse...

Following!

Paula Sousa disse...

Sigo , e gostei muito do teu blog :)

sofiabranco. disse...

querido/a seguidor/a, mudei o link do meu blog, e por esse motivo passei por cá para o deixar.
agradecia que continuasses a seguir, beijinho*