'És pigmeu e eu minitua."

Não, tu não és para sempre. Não me deixes dizer-te que serás para sempre. Deixa-me dizer-te que és o meu agora. Que és o agora, que eu quero por muito tempo. Não, eu não preciso de ti, para viver. Não, tu não me levas à morte. Deixa-me antes dizer-te que és o meu bater do coração, que és o meu coração calmo, e que se algum dia tiveres de te ir embora, eu vou chorar. Vou chorar muito. Vou perder noites e noites a recordar tudo o que fomos. Vou querer juntar os joelhos à cara, e chorar. Chorar sem parar. Vão-me dizer que vai ficar tudo bem, e eu vou negar. Eu vou negar, mas aceitar. Vou passar pelos sítios que se tornaram nossos, lembrar-me de ti e sentir um aperto no coração e uma angústia desmedida. Vou querer voltar atrás no tempo, mas vou sobreviver. Eu vou sobreviver. Por ti. Por tudo o que me deste, e por tudo aquilo em que me tornaste. Por me teres dado a mão, por me teres puxado por cima. E por me teres feito acreditar em salvações. É, tu és a minha salvação, e eu sinto isso quando me abraças e encostas a cara no meu ombro. Quando me dizes com a maior das inocências que tiveste saudades minhas. Mas agora, fica comigo. Fica comigo no silêncio das noites, e no calor dos dias. Sem complicações. Sem segredos. Sem bateres descompassados. Fica comigo, em todos as noites que me sentir sozinha, e sem ninguém. Fica comigo, em todos os dias que se aproximem. O meu coração habitou-se tanto ao calor do teu abraço, que agora não tê-lo seria demasiado sofucante. E obrigada. Obrigada por me teres dado o mundo, por me fazeres acreditar que tudo é possível. Só podias ser tu. Só tu, porque és perfeito para mim.

Um comentário:

Alexandra Monteiro disse...

Adoro quando leio estes teus textos que transmitem felicidade +.+